Agora sim… último texto da séria “Reflexão” de 2016.
Escolhi republicar este artigo que escrevi e publiquei em janeiro de 2011, cinco anos atrás.
Texto antigo mas totalmente atual. *Por favor, leia e pense nisso! *
Desejo muitas coisas boas para você e sua família em 2017. A principal delas, que você se permita evoluir para ser primeiramente um ser humano melhor, depois um pai/mãe mais dedicado, um marido/esposa mais presente, um amigo e um filho(a) mais agradecido… e por fim, um profissional impressionante, admirado e querido por todos.
FELIZ 2017!!!
Forte abraço, ? *Leonardo Corrêa*
Quando a vida profissional começa sufocar a vida familiar… vale a pena?publicado por Leonardo Corrêa
Recentemente escrevi um artigo de título “*Status profissional + dinheiro = felicidade? Nem sempre!
Agora, inspirado por uma conversa recente que tive com minha esposa, onde alinhávamos nossos anseios individuais para o futuro visando não prejudicar nossa vida conjugal e familiar, resolvi trabalhar outro tema delicado que muitos profissionais viveram, vivem ou viverão em algum momento de suas vidas: *a importância de saber definir prioridades.*
Estou lendo um livro fantástico chamado *Mudar e Inovar – Resolvendo conflitos com a ITIL v3 – aplicado a um estudo de caso*, Ed. SENAC.
Os autores criaram uma história fictícia de um Gerente responsável pelo departamento de TI de um grande Grupo Educacional, prestes a ser demitido. Os sócios da empresa andavam insatisfeitos com a gestão do executivo que não conseguia estruturar o departamento para gerar valor aos negócios. Não existia controle dos ativos, eventos, incidente, projetos, custos, nada! A equipe de TI tinha uma postura reativa aos acontecimentos, o que comprometia os objetivos estratégicos do Grupo. Um verdadeiro caos!
Por todos esses motivos ele já não tinha mais tempo para a esposa e filhos. Nunca tomava café da manhã em casa e quando voltava, todos já estavam dormindo. Seu casamento estava por um fio.
Com a situação insustentável, o presidente do Grupo, que era um grande amigo deste Gerente, o envia para um seminário de Governança onde ele conhece a ITIL. Ao retornar do evento, fascinado, consegue uma autorização dos sócios para contratar uma Consultoria, que o ajuda a implantar algumas das melhores práticas sugeridas pela ITIL no departamento de TI.
No decorrer da história as coisas começam a fluir. Felizmente, com o sucesso das melhorias conquistadas, o executivo consegue retomar sua vida familiar. Um livro completo, com muitos mapas mentais, quadros, termos, testes, *templates*, etc.
Como na obra supracitada, muitos profissionais estão “afundados” no trabalho de tal maneira que não percebem a quão ausentes estão de suas famílias. Alguns até conseguem estar fisicamente junto, mas não abandonam o celular, notebook e internet; e por isso podem estar sufocando a vida conjugal e familiar.
É claro que viagens de negócios, reuniões de urgência, demandas de última hora, enfim, eventos extraordinários acontecem e são normais em qualquer profissão. Essa não é a questão. O problema é quando a exceção vira regra e a família passa a ser a última prioridade do dia, do final de semana, dos planos, da VIDA!
Pare por um minuto e pense… enumere de 0 a 10 e diga qual é a prioridade da sua família em relação as outras coisas como a carreira, cursos de formação, lazer, negócios, amigos, hobby, etc, etc, etc.
Minha esposa sempre diz uma coisa quando estou naquela correria da faculdade, trabalho e compromissos externos que entra no meu coração como uma espada: “*Amor, sei que precisa fazer todas as coisas que está fazendo, mas entenda que para nós o que importa não é a quantidade de tempo que vai estar conosco, e sim a qualidade do tempo*”.
É claro que quanto mais tempo dedico a estar com ela e minhas filhas, mais valorizada e “priorizada” ela se sente. Entendo o que ela quer dizer com tempo de qualidade.
Outro dia vi um adesivo colado em um carro com uma frase: “*O homem que alcançou o sucesso profissional e financeiro mas perdeu sua família, fracassou!*”. Há quem discorde dessa afirmação. Particularmente, desde que a vi guardei-a em meu coração para não esquecer o que realmente tem valor nessa vida.
Acompanho semanalmente o blog da Consultora de empresas e Coach profissional, Adriana Lombardo, que no final de 2010 escreveu um post muito interessante. Frases impactantes que ela ouviu de profissionais e executivos durante sessões de Coaching. Vejam algumas delas:
*“Vivo para trabalhar, não trabalho para viver.”*
*“Sempre tenho tempo para os almoços de negócios, mas não tenho mais tempo para almoçar com a minha esposa.”*
*“Descanso para trabalhar no dia seguinte.”*
*“Quando chego em casa, estou tão esgotada que não consigo brincar com meu filho, apesar dele ter ficado na creche o dia todo para que eu pudesse trabalhar.”*
*“Trabalho em uma corporação há anos. Recebi uma proposta para mudar de empresa. Sou diretor e me tornaria presidente. Deveria estar festejando, mas estou apreensivo, pois no início de qualquer trabalho é necessário maior dedicação para entender os processos organizacionais. Minha filha está com problemas em casa, e minha esposa tem solicitado ajuda, apesar dela não trabalhar fora. Estou confuso se aceito a proposta.”*
*“Mal consigo respirar! Respirar diante de um lago, de um parque, de uma praia. As pessoas pensam que quem mora no Rio de Janeiro tem tempo para curtir a vida. Eu não tenho!”*
Fico pensando: *“Se essas pessoas estão assim, como será que suas famílias devem estar?”*
Se escolhemos constituir uma família, então ela não pode ser a última prioridade das nossas vidas. Como ouvi de um sábio homem no dia do meu casamento: “*Depois que casamos até podemos ter sonhos individuais, mas as metas e objetivos, esses precisam definidos pensando ser NA FAMÍLIA.*”
Pense nisso!
Para encerrar, reflita com essa pergunta: “*O que vai ser profissionalmente bom para você, também será bom para sua família?*”
Sucesso para todos!
Fonte: www.tiespecialistas.com.br/2011/01/quando-a-vida-profissional-comeca-sufocar-a-vida-familiar-vale-a-pena/