[Grupo Empregos em Brasília] Escola rural carrega história de luta, empenho e cidadania

*http://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2017/01/escola-rural-carrega-historia-de-luta-empenho-e-cidadania.html *
*Escola rural carrega história de luta, empenho e cidadania* *A escola fica em São José dos Campos, SP.*
*Ela chegou a ser fechada, mas sobreviveu graças ao esforço de voluntários.*
Uma história de luta, empenho e cidadania que se passa em uma escolinha rural de São José dos Campos, em São Paulo. A escola chegou a ser fechada e sobreviveu graças ao esforço de voluntários, que superaram todas as dificuldades para oferecer educação de qualidade a 100 crianças do campo.
As crianças da escola rural brincam de bolinha de gude, andam a cavalo e jogam bola. Elas têm um quintal maior do que o mundo, como fala a poesia de Manoel de Barros. Antes da aula, as crianças tomam café da manhã. Muitas chegam na escola de barriga vazia. Depois elas rezam e seguem para a sala de aula. Ao lado da escola, fica a casa das freiras do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Foram elas que fundaram a escola, em 1959, e durante muitos anos administraram o lugar. A congregação sempre teve atividades na área de saúde e educação, mas em 2014, por falta de mão de obra e problemas financeiros, ela decidiu fechar a escola. Noventa e cinco crianças foram buscar outras escolas para estudar. Donaide Bitencourt, a diretora da escola, já era voluntária desde a sua aposentadoria como professora. Foi ela que ajudou a organizar o grupo de pessoas que mudaria o rumo dessa história: “Eu fiquei indignada. Não é possível fechar uma escola desse padrão, com essa carência, com essa necessidade das crianças. Aí eu fui correr atrás pra não fechar a escola”. Nicolau Arbex Sarkis, dono de uma escola particular em São José dos Campos ajudou nos primeiros passos: “Eles solicitaram minha ajuda para ajudar na viabilização da parte legal da escola, aprovação na diretoria de ensino, na continuidade da escola”. Outro voluntário é José Roberto de Paula Ferreira, que estudou na primeira turma da escola Madre Teresa e quando soube do fechamento resolveu ajudar: “Foi um sentimento de dor, mesma coisa que perder um ente querido. É um desafio desgastante, mas muito gratificante”. Em busca de recursos, foram feitos carnês para quem quer adotar um aluno e quando o dinheiro não chega para pagar os 15 funcionários da escola, são organizados eventos beneficentes, como a pizzada no salão da igreja, que garantiu o 13º salário de 2016.
A Madre Teresa é uma escola rural particular filantrópica, onde as crianças estudam de graça. Apenas a alimentação e o transporte são fornecidos pelo município. “Dada a situação econômica, a gente tem conseguido muito pouco. Graças a Deus, até esse final de ano, a gente conseguiu, mas não sei o que vai ser em 2017, 2018”, afirma o empresário José Roberto Mateus.

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